O mapeamento do perfil epidemiológico hospitalar é uma ferramenta essencial para compreender os principais problemas de saúde dentro de uma unidade hospitalar. Esse processo permite avaliar o estado do ambiente, dos profissionais e dos pacientes, facilitando o desenvolvimento de estratégias eficazes para prevenir, controlar e tratar infecções hospitalares.

As infecções hospitalares são adquiridas após a admissão do paciente e podem se manifestar durante a internação ou até mesmo após a alta, prolongando o tempo de permanência no hospital e aumentando riscos à saúde.

Nesse contexto, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar desempenha um papel fundamental na implementação e supervisão de medidas preventivas, garantindo que os profissionais de saúde adotem práticas seguras no ambiente hospitalar.

Um estudo recente realizado no Hospital Central analisou a frequência e distribuição do padrão microbiano em serviços hospitalares, além de verificar o cumprimento de medidas de biossegurança pelos profissionais. A pesquisa foi conduzida de forma descritiva longitudinal, utilizando abordagem quali-quantitativa, incluindo revisão bibliográfica, observação direta e análise de amostras coletadas dos profissionais da unidade.

Os resultados apontaram que os principais microrganismos isolados foram Staphylococcus spp. (32,5%), Escherichia coli (16,6%) e Klebsiella pneumoniae (11%). 

No que se refere ao cumprimento das medidas de biossegurança, observou-se que a lavagem das mãos, uma das principais práticas preventivas, estava sendo realizada de forma inadequada, uma vez que foram isolados microrganismos nas mãos dos profissionais mesmo após a higienização.

A pesquisa concluiu que a frequência elevada de microrganismos nos serviços do hospital pode estar relacionada à não conformidade com as normas de biossegurança, ressaltando a necessidade de reforçar as práticas de higienização e controle de infecções dentro da unidade. O aprimoramento contínuo dessas medidas é essencial para reduzir a disseminação de agentes infecciosos e garantir um ambiente hospitalar mais seguro para pacientes e profissionais.

Este artigo foi baseado em dados do Hospital Central. Para mais informações, acompanhe as atualizações no nosso portal.